sexta-feira, 21 de dezembro de 2007


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Tubarão revoltado do Pacífico disse...

"Desperta, não esqueças a tua essência.
No interior da caverna estão cofres que guardam e separam do mundo o que é precioso, frágil e temível.
Que o cão me guarde dos homens que dos fantasmas cuido eu.
Do outro lado do labirinto reconstruo-me sem sombras.
Minha citadela, meu refúgio, onde vai crescendo meu espírito.
Lá no fundo fui beber num copo de cristal.
Há uma hora em que a alma não tem mais sombra e se transforma em pássaro.
E mandei um cão para encontrar o caminho na encruzilhada de Tebas.
Há na alma um castelo onde o olhar de Deus não penetra.Este é o local da unidade pura.
Subi ao templo e no centro do labirinto explodi em mil pedaços para me reconstruir na luz, só, me, mi, migo comigo mesmo.
São tantas as casas quanto os meus estados de alma.
Por entre sombras e fios de luz vou tecendo meu caminho.
São tantas as escadas do homem. Ritmos de passagem entre a vida e a morte.
Porte de Deus!
Quantas vezes te abriste?
Ah!
Este Castelo que me obriga sem esperança de retorno ou mudança.
Talvez."

Mário Só